domingo, 14 de março de 2010

Embarque

Era quase nove. Uma hora e meia de um último futuro. Nas mãos um livrinho triste de capa azul. O lugar era grande com um monte de corpos circulantes, cheios de pressa, não a dela. Seus olhos eram de Repente, as vezes se perdiam na multidão, mas voltavam fatigados do retorno. Queriam se perder de vez.
Eles a odiavam por viverem naufragados. Eram repentes, o normal seria viver em música. Agora estavam embargados e se perguntavam, alguns passantes, se ainda havia chance de um final feliz para a capa azul.
Às nove e quinze as alças nas mãos é vivo o naufrágio. A sua pressa sempre se intimida com a imensidão do mar.
Foi ressaca.