sexta-feira, 24 de junho de 2011

Emptiness

São as palavras erradas pra dizer: a dor e o medo habitam e instauram-se. Eu não vou saber levantar. Eu sei, não precisa falar do seu limite.

Eu vi que isso ia acontecer. Não precisa falar nada. Eu sei.

O vazio deixa um espaço, mas por favor não fica. You’re always waiting. I may you find all your relations will keep you free, don’t you feel bad.

Listen, the winter started.

...

O nome parece bom. E a causa também.

Começar é sempre um processo de abandono e entrega – ousarão dizer. Ah, a música é Don’t let the sun go down on me, minha querida. E não é o som chiado, poluído, que tocaria o vinil, já não tem esses purismos.
É menina, você tem razão e diz que o motivo é a música como instrumento, primeiro, de abandono e isolamento. Talvez você esteja certa.
É. Talvez.

- Deveria ter te dito isso, não é?
- O quê?

- Que te parece “sertão”?
- O que tá dentro?
- É, o que tá em toda parte.
- E a causa?


- Precisa isso tudo?
- Deveria ter te dito, não é?
- Deveria.

E se eu começasse pelo fim?
…Me dá a mão?
- Você sabe que eu nunca seria capaz disso.
- É menina; é por isso que te mantenho tão presa a mim. Você estava certa: é tudo desassossego. Você pode ficar essa noite, mas talvez prefira saber do silêncio, que é tudo que te ofereço por hoje. Eu sei do seu desejo em abrir a cortina, mas essa noite não deixe a luz sufocar, ouçamos 4’33”.