segunda-feira, 27 de abril de 2009

Psicografia.

Estou pensando em juntar minhas memórias, pegar todo aquele diário maltrapilho e fazer uma canção. Outrora pensei num soneto. Num diálogo com Chico, vi que não há solução para meu caso, para toda essa turbulência na minha cabeça que me toma de assalto: preciso de um tamborim.

Há discordâncias. E do batuque quero uma valsa. Do silêncio faço um sopro. E quero tudo de novo, tudo novo: da bossa quero um pouco, que samba é essência, toda cadência.

Entrar feito fanfarra que me reste ao menos a farra.. Espreitar, esse o jeito de me contar, o não-revelar. De memória, então, não resta nada, é tudo farsa, é coisa armada. Andou pensando em se assumir, por a timidez pra sumir.

Assovia por ai. A tragicomédia da garota do diário, das histórias sem drama, trama ou tramela, da personagem que sonha ser, e aquela que revela.
É por fim aquilo que fizeram dela. É toda farsa pintada em aquarela.

domingo, 12 de abril de 2009

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As pessoas têm reações diferentes quando expostas a situações.

É toda uma convenção, um trato que tramaram. E assim fora. Ela sabia que as coisas aconteceriam inevitavelmente. Ela sabia, mas não evitou, talvez porque não houvesse mais tempo ou força de vontade. Se deixou levar, mergulhou.

Não sabe do medo dos raios ou da cicatriz da infância, se quer sabe da boa convivência com o silêncio, com o estar só.

Em meio à multidão senti-se só e isso vem de muito antes. Uma noite tudo fora diferente, alguém de muita luz surgiu e sua voz transbordou o recinto e parece que transformou toda a realidade de antes.

Ela é fraca, gritou. Ninguém deu atenção. Bobagem. Fora sempre resolvida e agora não sabe o que fazer, o que dizer, como agir!

Decidiu-se pelo pontoevirgular. A sutileza do pontovirgular. A calmaria, facilidade e a esperança que fica.