sábado, 1 de novembro de 2008

Arrítmico.

Talvez eu devesse ter ignorado qualquer chamado. Calar-me diante da proposta de um riso leve. Manter a mesmice, nada que surpreenda ou mude a rotina. Talvez não. Talvez fora, e foi, bem melhor assim.
Existe balança pra isso? Um talvez que supere uma interjeição? E das interjeições o que restam?
- Nunca foram tão espontâneas. Nunca foram tão frágeis. E nunca foi tão real.
Afinal que real é esse? O que perfurou a tênue linha do talvez? Ou o que se escreveu na memória?

E o que dizer das nuvens embaladas em papel de presente, da lua em papel celofane ou do vento tocador de harpas?

Chore. É o conselho da vez. É seu por direito! Reclinam o rosto de leve, insistem um meio sorriso e a frase se lança com certa intimidade.
Há qualquer náusea na hora, vontade de explosão. Não entendem. Não entendem.
Prefere dançar um tango argentino.

Um comentário:

Flávio C. Vieira Jr disse...

Sempre disse que colocaria minha opinião sobro seu blog e nunca o fiz.
Bom, cá esta!

Espero de todo o coração que a grandiosidade da ilha acadêmica não iniba seus belos escritos.
Que nunca tenha de cortar seus belos ramos em nome da hierarquia auto-afirmativa.
E nem os transforme em brinquedos acadêmicos de profundeza inalcançável ao léxico humano.

Gosto do que escreve, gosto da profundidade que alcança e dos jogos com as palavras.

E em particular, adoro as nuvens embaladas em papel de presente, a lua em papel celofane e o vento tocador de harpas.
Mas acho que isso você já sabe.

Até
=)