Talvez eu devesse ter ignorado qualquer chamado. Calar-me diante da proposta de um riso leve. Manter a mesmice, nada que surpreenda ou mude a rotina. Talvez não. Talvez fora, e foi, bem melhor assim.
Existe balança pra isso? Um talvez que supere uma interjeição? E das interjeições o que restam?
- Nunca foram tão espontâneas. Nunca foram tão frágeis. E nunca foi tão real.
Afinal que real é esse? O que perfurou a tênue linha do talvez? Ou o que se escreveu na memória?
E o que dizer das nuvens embaladas em papel de presente, da lua em papel celofane ou do vento tocador de harpas?
Chore. É o conselho da vez. É seu por direito! Reclinam o rosto de leve, insistem um meio sorriso e a frase se lança com certa intimidade.
Há qualquer náusea na hora, vontade de explosão. Não entendem. Não entendem.
Prefere dançar um tango argentino.
Um comentário:
Sempre disse que colocaria minha opinião sobro seu blog e nunca o fiz.
Bom, cá esta!
Espero de todo o coração que a grandiosidade da ilha acadêmica não iniba seus belos escritos.
Que nunca tenha de cortar seus belos ramos em nome da hierarquia auto-afirmativa.
E nem os transforme em brinquedos acadêmicos de profundeza inalcançável ao léxico humano.
Gosto do que escreve, gosto da profundidade que alcança e dos jogos com as palavras.
E em particular, adoro as nuvens embaladas em papel de presente, a lua em papel celofane e o vento tocador de harpas.
Mas acho que isso você já sabe.
Até
=)
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