- A merda!
- Vá te embora com aquela puta! Sua bixa.
Isso era mais que a paciência suportava. Ia mostrar a ela.
Agarrou-a pelos cabelos. Bixa não. Era raiva, era cansaço.
Safada, riu, encheu a boca, cada letra um prêmio, um gozo: Bixa.
Pego-a ali mesmo, na cozinha. Ela gritou, gozou.
A cada riso era mais raiva, mais asco. Não era tesão, não tinha outra. Ela era outra, ela era o escárnio, ódio, o nojo.
Não sabiam, mas namoro que retorna derrama.
Queria feri-la. Queria o namoro de fim de semana, a transa da madrugada, queria.. o namoro que traz verão.
Terminou o serviço, quis cuspir de nojo. Ela ia gostar.
Prometeu lhe uma surra, ela gemeu.
Pegou a carteira, disse que não voltava, a gritaria recomeçara, eram lágrimas, ela enlouquecerá.
- Eu morro. Te mato desgraçado e depois me mato também!
- Não agüento mais você Luiza. Não há mais respeito.
- Mato ela também!
Ganhou a rua, deixou o frio e nenhuma lágrima, essas ficaram pra ele.
Não lhe valeu.
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