Raimundo não era como os outros, sentava na varanda às sete da noite, com cidade querendo dormir e o vento soprando melodias, não tomava uma canção ou qualquer escritor notável, não havia companhia, era ele e os ausentes ruídos da cidade os quais sem mesmo conhecer deseja profundamente.
A cidade às vezes sorri.
Sua viagem é sentir os cabelos esvoaçarem enquanto caminha pela praia em uma madrugada insone.
Sente saudades do aroma do despertar no campo, o cheiro do café que vinha do fundo dos dormitórios, onde um forno a lenha, precário, resistia. O estranho reconhecimento com o lugar e a conversa tragada com o primeiro funcionário em posto. Quando o silêncio insitia ouviam-se as águas despencarem tomando fluxo constante e os animais em reunião.
Conta-se que uma vez passou a chamar de amigo um desses que vivem pelo lugar. Salvara sua vida e cuidando de que sobrevivesse, após a recusa da mãe, levou-o ao casebre aonde teve experiência de estimação. Não fora por altruísmo, ausência de amigos leais e tão pouco devaneio de Raimundo, qualquer explicativa - se tratando dele - seria insuficiente e desnecessária.
2 comentários:
Um animal que ele ajudou a sobreviver, e este após isso ajudou-o a sobreviver.
Como chamará?
Mandala?....
xD
Não vou dizer que entendi, me parece que isso faz parte de um contexto maior, estou certo?
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