quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Inerente.

É preciso parar com essa mania de falta de tempo. De falta de apetite para diversos temas, tenho ensaiado vários que se perderam em memória recente. Às vezes me falta atenção, não apenas para o mundo, como Caeiro me acusaria, à mim.
Descubro-me cada vez mais egoísta e por hora teimosa em extremo. Insuportável? Cada dia me assimilando mais com o que tanto renego. O medo de se entrosar e então ser só mais um, se para algum envolvimento é preciso qualquer coisa que identifique é melhor não se envolver a passar a ser algo desse meio.
Às vezes só canso. De me dizerem como agir, o que não tolerar, o que fazer, pensar: não sou - e ponto. E de repende dizem: ei, faz algum sentido! E apaixonada como sempre, iludida ao olhar o mundo: vago atrás de qualquer outro que se comova com uma melodia e que permita um entendimento ofegante, abafado, parabólico. Olhe nos meus olhos e nas palavras, que ali já não estão, que vejam o que me falha e sorriam contemplando. Sei do que você fala - É isso o esperado; não telespectador obediente, mas um menino que leve qualquer contra-senso.

Maravilhada pelo encontro idolário quase regurgitei gritos tresloucados. Tantos literatos em mesmo ambiente organizados por temática, país e data de nascimento.. levo pra casa não apenas Jorge Amado em companhia de Bergman, mas a certeza mesclada ao desejo desesperado por Letras; E quase ausente de temor; tomado por uma coragem que aterroriza.

2 comentários:

Pra Te Lembrar disse...

Por que tudo mundo em algum momento da vida se sente excluído do mundo?
Ou então porque achamos que querem nos controlar, não podemos esquecer que pensamentos se formam de um conjunto de pensamentos de outras pessoas.
É isso aí, outro bom poema/texto ^_^

Laís Nóbile disse...

No meu caso acho que é uma certa revolta. Gostei do comentário e do outro, mas tenho certeza que ainda falta muito pra melhorar, são apenas idéias fragmentadas.
:]