domingo, 22 de novembro de 2009

Coquetel

Acorda
É um devaneio!
O elefante vem logo rosa

A corda
Tira do pescoço
Mantenha o laço, menos frouxo

Vai desprender

O papo no parapeito
era o ensaio
o pas de deux

Éramos nus na chuva
Poros pela mão, no chão

Os dedos cegos
Pele braile
Sinestésico
Anestésico

Sexo a soslaio
A sós
Vai desaprender

A fruta é verde
Cai ao pé
É morte

Tira
a endorfina
a ergotamina
e atira

O sadismo desprendido:
Amordaça
A mortalha

Ri
Enquanto é condenação
Solidão, solidão

Janela aberta
Pulso aberto
É tudo rubro

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