sábado, 14 de novembro de 2009

Prefixos.

A poesia fica forte no desencontro. Mas era os dois em momentos iguais: ambos queriam coisas diferentes.

Mas veja: o sorriso pode ser só o primeiro. Depois é riso, sexo. O riso é calo, sorriso é dor.
Sorrir é da piada sem graça, é o estado de graça. É a diversão discreta, calada.
Rir é boca cheia, perna aberta. É a diversão que não consegue reduzir o volume, safada.

Riso vira só. Riso vira sorriso. É chamar pelo começo do nome a primeira vez. Sorriso é maior chance de virar pó. Sorriso vira logo poesia, verso primeiro tímido é depois obra prima.

O riso é o acordo. O andar solto, o ritmo solto.


Aos tímidos a inveja! É tudo riso.



Já pra manhã guardei o meio-sorriso, meio só, no meio do meu riso.

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