Dera mais um passo. O próximo seria decisivo.
Espiou. Tudo convidava, o mundo falava com ele e o esperava em festa. Eram tantas as cores, deixou o vento farfalhar os cabelos, fechou os olhos e avançou com os braços, os dedos formigavam, o coração palpitou. A certeza era ali: a lucidez às avessas.
Ela avisou: Só precisa mais um.
O belo do dia é morte. A noite tudo ri, o beco camufla o fundo.
O silêncio risca o vinil e os poros da pele, a música confunde e dança - só - nos lábios semi-abertos. O silêncio insiste um gemido, a cabeça propõe uma volta, até de manhã.
O salto é mortal.
Um comentário:
Poema com gosto de sexo. Porque tudo é sexo!
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